domingo, 25 de novembro de 2012

Ética Protestante e o Espirito do Capitalismo


"A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" é um dos livros fundamentais da teoria sociológica clássica. Elaborado com o intuito de se contrapôr às interpretações materialistas do marxismo em voga, o livro propõe uma compreensão do capitalismo que parte, ao invés do âmbito econômico (as relações sociais de produção, como fazia Marx), do âmbito espiritual, cultural. Daí porque a história do capitalismo é contada a partir do desenvolvimento da ética protestante. Esta ética, surgida no contexto da Reforma como crítica do Catolicismo, propunha uma forma de religiosidade diferente, mais espiritualizada. O ponto principal de divergência entre a ética protestante e a católica está em sua concepção de salvação: ao contrário das doutrinas católicas, o protestantismo não considera que as boas ações do sujeito possam influir em sua salvação. Ao contrário, esta salvação está garantida ou não por Deus, independentemente do comportamento do sujeito. O sujeito não tem como garantir sua salvação, mesmo que aja moralmente e que pratique o bem. Se este sujeito possui esse comportamente irreprovável, o protestantismo considera que ele deve ser um escolhido, mas não pode, de modo algum, garantir isso. O sinal da salvação é dado pela prosperidade do homem que acumula, e não pelo homem que gasta - pois este último não trabalha pela glória de Deus, portanto não deve ser um escolhido.A ética protestante, como ética do trabalho feito para a acumulação (e não para os gastos, as despesas, o consumo da riqueza) é o fator cultural determinante para o desenvolvimento do capitalismo, segundo Weber. Assim, contrapondo-se à interpretação marxista clássica, Weber propõe uma inversão no materialismo - propõe que um valor ético foi capaz de criar as condições para um desenvolvimento econômico - e torna-se, desse modo, um outro clássico fundamental na literatura sociológica.Gabriela Araújo26/11/12





Consumo de Massas

Conceito de Consumo de Massas : A expressão Consumo de Massas designa um tipo de comportamentos e atitudes característicos das modernas sociedade de consumo e cuja principal característica é o facto dos padrões de consumo estarem massificados e a maioria dos produtos e serviços estarem acessíveis à generalidade da população. O consumo de massas leva a que o consumidor adquira os bens apenas porque estão na moda na medida em que estes constituem um forma de integração social e são imprescindíveis para se ser aceite na sociedade de consumo.

Muitas vezes, o consumo de massas conduz a um tipo de comportamentos de consumo muito mais perigosos: o consumismo, o qual se caracteriza pela impulsividade, descontrolo, irresponsabilidade e irracionalidade.
Conceito de Sociedade de Consumo : A expressão Sociedade de Consumo designa uma sociedade característica do mundo desenvolvido em que a oferta excede geralmente a procura, os produtos são normalizados e os padrões de consumo estão massificados. O surgimento da sociedade de consumo decorre directamente do desenvolvimento industrial que a partir de certa altura, e pela primeira vez em milénios de história, levou a que se tornasse mais difícil vender os produtos e serviços do que fabricá-los. Este excesso de oferta, aliado a uma enorme profusão de bens colocados no mercado, levou ao desenvolvimento de estratégias de marketing extremamente agressivas e sedutoras e às facilidades de crédito quer das empresas industriais e de distribuição, quer do sistema financeiro.
Características da sociedade de consumo: As principais características da sociedade de consumo são as seguintes:
. Para a maioria dos bens, a sua oferta excede a procura, levando a que as empresas recorram a estratégias de marketing agressivas e sedutoras que induzem o consumidor a consumir, permitindo-lhes escoar a produção.
. A maioria dos produtos e serviços estão normalizados, os seus métodos de fabrico baseiam-se na produção em série e recorre-se a estratégias de obsolescência programada que permita o escoamento permanente dos produtos e serviços.
. Os padrões de consumo estão massificados e o consumo assume as características de consumo de massas, em que se consome o que está na moda apenas como forma de integração social.
. Existe uma tendência para o consumismo (um tipo de consumo impulsivo, descontrolado, irresponsável e muitas vezes irracional).
Gabriela Araújo-
 26/11/12

terça-feira, 13 de novembro de 2012

 UM POUCO SOBRE  NICOLAU MAQUIAVEL E SUA GRANDIOSA OBRA "O PRÍNCIPE"



Nicolau Maquiavel , nasceu em Florença em 3 de maio de 1469 e morreu em 1527. É considerado o maior pensador político da Itália renascentista,não pertencia a nenhuma escola, não deixou sucessores , mas tornou-se autor clássico da filosofia política. A leitura de suas obras é indispensável aos que procuram refletir sobre o poder e suas interelações. Se tornou mundialmente lembrado a partir da marcante frase " Os fins justificam os meios" . Essa obra é fruto de observações realizadas em viagens diplomáticas pelo interior italiano , de sua bagagem cultural e de muita reflexão destinados a Lorenzo de Médici e indiretamente a eternidade.






                                            " OS FINS JUSTIFICAM OS MEIOS "

Estamos usando das redes sociais e de todos os veículos de comunicação para promover um grande acontecimento no dia 17 de novembro de 2012 no Colégio Ana Tereza , a partir das 8h. Venha conhecer e entender sobre vários clássicos da sociologia e ver que a maior riqueza que um homem pode ter além do amor é a sabedoria.           CONTAMOS COM SUA PRESENÇA.

Equipe Maquiavel "O Príncipe"
 A INCLUSÃO DIGITAL

O acesso á internet no Brasil ainda é bastante restrito , o que constitui mais um aspecto das desigualdades no país. Dados de pesquisa  realizada em 2006 pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil ( CGIBr) mostram que a imensa maioria da população nunca acessou a rede mundial de computadores. Somente 33,3% dos brasileiros tiveram contato com a internet. Entre os mais ricos 95% já acessaram a rede,mas , entre os mais pobres apenas 12,2%.
 É  necessário que a internet e suas redes cheguem  a todos, pois esse meio de comunicação significa liberdade e nenhum sistema de dominação e controle pode conter ou calar

Postado no dia 13 de novembro de 2012 por Adrielle e Naiara Landim.

Retomando os assuntos

RETOMANDO OS ASSUNTOS DO TERCEIRO E ÚLTIMO TRIMESTRE DO ANO LETIVO DE 2012!
tema: Cultura e Indústria cultural no Brasil

O  QUE CARACTERIZOU A NOSSA CULTURA?

A cultura do Brasil , recebeu contribuições de diversos países e povos em diferentes momentos da história, seja com ritmos , danças , culinárias , vestimentas , costumes ,tradições ou religião formando o que hoje conhecemos como Cultura Brasileira.
  Nas palavras do sociólogo Antonio Cândido  "imitar para nós ,foi integrar,foi nos incorporarmos á cultura ocidental, da qual a nossa era débil ramo em ramo em crescimento.Foi igualmente ,manifestar a tendência constante de nossa cultura, que sempre tornou os valores europeus como meta e modelo".
 Podemos afirmar que nenhum ritmo é puramente brasileiro, pois brasileiro tem o significado metafórico de união de culturas mundiais.


A INDÚSTRIA CULTURAL NO BRASIL

 A Indústria cultural no Brasil ocorreu paralelamente ao desenvolvimento econômico e teve como marco , a introdução do rádio nos anos 20, a televisão nos 50 e recentemente a internet em 90. Cinema , livros e revistas não atingem e nem são tão acessíveis a muitos brasileiros, se tornando muitas vezes algo "para elites".
  A programação veiculada nos rádios antigamente , não eram só comerciais e incluíam em suas programações eruditas , músicas clássicas, óperas , recitais de poemas e palestras cientificas.
OBS: Uma programação para classe dominante,visto que não existiam muitos aparelhos de rádio no Brasil , figurando-se como um artigo de luxo e divisor de classes sociais nesse tempo.
   De 1930 a 1950 o rádio ganhou grande fervor . Nesse tempo durante o governo de Getúlio Vargas , o presidente distribuiu nos bairros da cidade do Rio de Janeiro , rádios públicos , onde  podia   se comunicar com a população (forma usada para reproduzir ideologias que mantivessem e sustentassem seu poder). Prática também encontrada no governo de Hitler.
    De 1960 a 1970 o rádio caí  com a chegada da televisão e da ditadura militar.O rádio só voltou com força em 1980, com a introdução das emissoras FM ( que permitiam melhor recepção).
   Hoje , muitas rádios são acessadas pela internet,o que significa uma nova forma de recepção dos programas. Essa união de rádio com internet proporcionou ás emissoras uma nova forma de chegar á públicos variados ,com noticias ,músicas e entretenimento.

 A TELEVISÃO BRASILEIRA
 Como o rádio , a televisão é controlada pelo poder público por meio das regulamentações e também da propaganda oficial.O governo é um grande "patrocinador" de diversos veículos de comunicação que se dizem muitas vezes independentes. Embora  esses veículos tenham grande liberdade, o controle do poder  público se manifesta quando ,por força do "patrocínio" ,não permite que sejam feitas críticas ao governo, ou que se divulguem protestos , reivindicações ou até mesmo que sejam discutidos de modo mais aprofundado questões políticas fundamentais para o  país , como saúde , educação e segurança.
Existem ,é verdade, redes de televisão pública que apresentam programação de boa qualidade,mas atigem apenas uma pequena parcela da população. Além disso , há uma diversidade muito grande na forma de administrar esses veículos,que podem ser federais,estaduais ou locais , como as redes universitárias. Isso gera uma situação difícil no processo de construção de uma televisão que veicule programas de boa qualidade em nível nacional,já que os interesses são múltiplos.


 A PROGRAMAÇÃO DA TELEVISÃO

Os produtos que a televisão expõe muitas vezes definem o que é importante e o que não é . Ou seja , o gosto a sexualidade,a opção política, o desejo de consumo e outros sentimentos e comportamentos são promovidos prioritamente  pela televisão comercial , causando um fenômeno chamado HOMOGENIZAÇÃO DE COMPORTAMENTO.
Informações corridas, enganosas ou duvidosas fazem com que o telespectador fique confuso e muitas vezes não entenda a noticia exposta nos telejornais nacionais.
 Segundo Theodor Adorno o entretenimento é utilizado para anestesiar a capacidade das pessoas de pensar e refletir sobre a vida e as condições reais de existência.



Postado no dia 13 de novembro de 2012 por Adrielle Alves e Naiara Landim.



quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Ética Protestante

- Dominação e Controle
Por hegemonia pode-se entender o processo pelo qual uma classe dominante consegue fazer que o seu projeto seja aceito pelos dominados, desarticulando s visão de mundo autônoma de cada grupo potencialmente adversário. Isso é feito por meio de aparelhos de hegemonia , que são práticas intelectuais e organizações no interior do Estado ou fora dele ( livros, jornais, músicas..), Nesse sentido, cada relação de hegemonia é sempre pedagógica, pois envolve uma prática de convencimento, de ensino e aprendizado.
Para Gramsci, uma classe se torna hegemônica quando, além do poder coercitivo e policial, utiliza a persuasão, o consenso, que é desenvolvido mediante um sistema de ideias muito bem elaborado por intelectuais a serviço do poder, para convencer a maioria das pessoas, até as classe dominadas. Por esse processo, cria-se uma “cultura dominante efetiva”, que deve penetrar no senso comum de um povo, com o objetivo de demonstrar que a forma como aquele que domina vê o mundo é a única possível.
“A dominação e manutenção de poder que exerce uma pessoa ou grupo em posição de domínio a outro(s) minoritário(s), impondo seus próprios valores, crenças e ideologias que configuram e sustentam o sistema majoritário, conseguindo assim um estado de homogeneidade no pensamento e ação como também uma restrição das produções e publicações culturais”
Atualmente a hegemonia se consegue através do controle dos agentes culturais, especialmente os que se destacam por seu impacto social, como os meios de comunicação. Exemplo é a teoria do imperialismo cultural, destacando-se oimperialismo da indústria cinematográfica norte-americana, dando a entender que a tendência atual de hegemonização se concentra na exposição de modelos de pensamento e conduta próprios da sociedade americana, para que outras sociedades adotem estes mesmos modelos (fenômeno conhecido como “processo definido” na Teoria da reprodução).

- Meios de Comunicação
Em todos os meios de comunicação , a televisão é o mais forte agente de informações e entretenimento, embora pesquisas recentes já demonstrem que ela pode ser desbancada pela internet.
Os produtos culturais aparecem com invólucros cada vez mais esplendorosos, pois cada dia são maiores as exigências para prender a atenção dos indivíduos. Hoje em dia as pessoas esquecem o caráter educativo ou cultural, passam a consumir mais, a tentar acompanhar os avanços tecnológicos e terminam viram pessoas ambiciosas por sempre querer mais do que podem.
A televisão nos dá a possibilidade de ver o mundo sem sair do universo local. Assim, para Sartori, além de um meio de comunicação, a televisão é um elemento que participa da formação das pessoas e pode gerar um novo tipo de ser humano.
Existem outros meios de comunicação como: o rádio, o cinema, carta, revistas, telegrafo, telefone entre outros.
MEIOS DE COMUNICAÇÃO X MIDIA
Vivemos em um mundo cuja globalização atingiu tal ponto que são poucas as comunidades que não tem acesso a algum meio de comunicação. O momento atual tem sido chamado de era das comunicações, já que o avanço tecnológico e o crescimento do acesso aos veículos de comunicação trouxeram inúmeras implicações para o ser social.
Um dos meios mais influenciadores é a TV. No Brasil, um país em desenvolvimento, onde a exclusão social, caracterizada pelo não-acesso a fatores de qualidade de vida (como educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, etc.), a TV é o veículo de comunicação social mais acessível, mais presente, assumindo um importante papel na vida cotidiana.
A TV, nesse estágio está acessível a milhares de pessoas ao mesmo tempo, e forma multiplicadores de sua realidade ideologicamente montada envolvendo assim, todo o corpo social. É evidente a maneira que a televisão tem alargado sua influência em quase todas as partes do mundo. Ela é tão atuante na vida familiar que tem sido considerada um membro permanente.
De acordo com dados de 2003 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 11,6% da população brasileira com 15 anos ou mais é analfabeta, ou seja, tem a televisão como uma das únicas fontes de informação. Aquilo que é apresentado na telinha torna-se verdade absoluta para aqueles que não possuem outros referenciais informativos ou repertório que lhes permita fazer uma leitura crítica do meio.
Os meios de comunicação são responsáveis por passarem a informação e muitos detêm poderes de manipulação e alienação das massas; sugerindo produtos e maneiras de agir, tanto de forma direta como indireta. A publicidade sempre nos mostra modelos perfeitos de ser, de vida ideal e que o expectador pode adquirir, desde que compre determinado produto.
Os próprios programas de TV e as novelas chegam a mudar as formas de comunicação das pessoas, são adotados conceitos que antes a pessoa não tinha, chegam a alterarem hábitos, posturas, gostos e comportamentos. Quem nunca usou a marca “x”
porque a personagem da novela estava usando, ou nunca disse determinada “palavra” ou “expressão” porque determinada pessoa usou na novela? A publicidade na mídia atua de tal forma que vende o “produto”, mas para garantir o Ibope, entreter e fidelizar o público, vende também idéias, valores e conceitos.
Torna-se necessário que sejamos pessoas críticas e não nos deixemos influenciar por tudo aquilo que vemos. Reconheço a importância dos meios de comunicação como parte de nossa evolução pessoal, entretanto não podemos estar sempre predispostos à eles. Devemos possuir nossa própria autonomia, nossa própria identidade.
Por: Gabriela Araújo18:14 - 02/08/2012